quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Cuba: Cadê as mudanças na política dos EUA para a região?


Fonte: VERMELHO

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, afirmou, nesta quarta (15), que os Estados Unidos estão ainda por demonstrar sua suposta vontade de mudança para a região expressada na Cúpula das Américas de 2009 em Trinidad e Tobago.

"Seguramente temos que perguntar quanto (há) de realismo, o que foi feito concretamente e se em alguma coisa mudou a política dos Estados Unidos para com a América Latina e o Caribe desde abril de 2009 em Porto Espanha", afirmou na abertura de uma reunião do Conselho Político da Alba.

Há quase três anos, o presidente Barack Obama ofereceu à região um novo começo, após décadas de ingerência, intervenções militares e golpes de Estado promovidos por Washington.


Rodríguez fez seu comentário depois de assinalar que Havana participaria, se fosse convidada, da 6ª Cúpula das Américas, prevista para 14 e 15 de abril em Cartagena, Colômbia.

Cuba declarou perante uma consulta do governo colombiano que, em caso de ser convidada, assistiria ao evento, a partir de suas posições de apego à verdade e sua tradicional política exterior de princípios, e que o faria com respeito, apontou Rodríguez.

Enquanto o bloco integrado por Antiga e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Nicarágua, São Vicente e as Granadinas e Venezuela defende a participação de Havana em todos os fóruns regionais, a Casa Branca insiste em tentar isolar a ilha.

A propósito da próxima cúpula hemisférica, Rodríguez opinou que deve abordar temas convertidos em verdadeiras prioridades para os latino-americanos e caribenhos.

Mencionou a materialização das exigências para o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba, medida estendida por mais de meio século, bem como o fim da ocupação britânica das Ilhas Malvinas argentinas.

Também assinalou que nenhum fórum pode se chamar "das Américas" se exclui de forma infundada e injusta Cuba.

Ao mesmo tempo que expressou a disposição da ilha a ir a Cartagena se for convocada, Rodríguez ratificou o desinteresse em reingressar à Organização de Estados Americanos (OEA), que considerou uma instância utilizada pelo governo estadunidense para suas pretensões de dominação regional.

"Reiteramos que Cuba não regressará à OEA, nem lhe interessa ter nenhuma relação com essa organização que tem servido para propósitos de dominação, ocupação e agressão, como plataforma dos Estados Unidos para agredir e espoliar a América Latina e o Caribe", destacou.

Fopnte: Prensa Latina

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