terça-feira, 6 de setembro de 2011

Minha viajem entre os jovens na ilha de Fidel que resiste!


Fonte: LA REPUBLICA  do dia 26/08/2011
Tradução para o Solidários: Dyliane Mattos Gonçalves. dyliane@yahoo.it

Obs:  Gianni Minà é jornalista italiano, expulso da RAI por suas ideias políticas.
Nas Jornadas dos Autores da Exposição de Veneza, o documentário itinerante “Cuba in the age of Obama”. Retrato de um país que “com a sua vida espartana está suportando melhor a crise”. E no horizonte a relação nunca resolvida com os Estados Unidos. E na Itália? “Informações carentes, eu há anos purgado da RAI”

Os caminhos da revolução de Fidel Cstra, ele, Gianni Minà, já os percorreu outras vezes, como enviado e como diretor de cinema. Mas Cuba in the age of Obama , documentário que será exibido nos dias 7 e 8 de setembro, no Festival do cinema de Veneza, ao interno das Jornadas dos Autores – é e quer ser o coroamento das experiencias precedentes e das reflexões do jornalista. E tudo contado na forma da viajem, um tour inédito de Havana a Guantanamo, ouvindo principalmente os jovens: estudantes de medicina, de arte, de dança. “Para mostrar – ele explica – uma realidade sobre a qual a informação é carente: já que ninguém conta essas coisas, as faço ver”.

Minà, como nasceu esse projeto?

“São trinta anos que frequento Cuba, também após o fim das ideologias: comunismo, capitalismo... Gostava de tentar compreender como após 50 anos tenha sobrevivido,desmentindo todos. Ainda está ali, e sofre menos a falencia da economia global e neoliberal: isso porque é um pais que tem uma vida austera, existe muita solidariedade entre as pessoas. Da pequeno conhecedor de Cuba e da América Latina, vejo como se desenvolveu uma consciencia global e de união: esse é o seu segredo. Até o dissidente, que é mais rico, não nega a sua ajuda”.


Quais episódios que vemos no filme que o marcaram em particular?

“Nós jornalistas quando vamos em um pais, pegamos um taxi, falamos com o taxista e achamos de ter compreendido tudo. Mas eu também, uma travessia assim, nas visceras da ilha nunca tinha feito. Me marcou que é o unico pais, que inclusive no interior, não só nas cidades, tem todas as coisas fundamentais para a sobrevivencia e para a vida: uma casa com banheiro, uma organização educativa, uma assistencia sanitaria que funciona muito bem. Coisas que na América Latina não todos possuem. Cuba organizou pontes aéreas para operar os olhos de 500 mil pessoas que a fome fez adoecer:este também é um modo de fazer diplomacia. Assim como formaram 10 mil médicos de outros paises”
O senhor cita só as luzes. E as sombras?

“O Partido, que é sempre presente em toda parte. Eu que tive a sorte de não frequentar partidos na Italia, de fato fui purgado da RAI, isso me surpreende negativamente”

E também tem a questão da violação dos direitos humanos

“Na Colombia descobriram uma vala com dois mil cadaveres. Mas ali o presidente não foi citado no Tribunal de Haia. E no México, com tantos homicidios e o narcotrafico? Ma do que estamos falando? Os ultimos dissidentes em Cuba foram todos libertados e mandados com as familias para a Espanha. Mas eles querem voltar. Claro, as vezes a resposta cubana, com a sindrome do assedio, é muito dura: comecem os Estados Unidos a não encher tanto o saco, e será melhor”.

A palavra Obama no titulo não é casual...

“Como todas as pessoas sinceramente democraticas, sei que se não se obterá dele, não haverá uma mudança nas relações por quem sabe quanto tempo. Por enquanto se há pouca coisa: Cuba foi colocada na lista dos Estados canalhas, promotores do terrorismo. Além do dano, uma gozação: basta pensar que as vitimas cubanas de atentados organizados na Florida e na Ilha são 3.000 ...”

Nota de traduçao: RAI (Radio Audizioni Italiane) é a TV do Estado italiano
Informações sobre o jornalista Gianni Minà acessem o site http://www.giannimina.it/


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