quinta-feira, 9 de junho de 2011

Divisões internas nos EUA evidenciam política de ingerência contra Cuba


Washington, 9 jun (Prensa Latina) As contradições entre grupos de poder nos Estados Unidos sobre os fundos propostos para atacar a Revolução Cubana evidenciam hoje a política de ingerência para a ilha.

No último dia 1 de abril, o senador democrata estadunidense John Kerry disse que se oporia à aprovação de um orçamento de 20 milhões de dólares apresentado pelo Governo para promover ações desestabilizadoras contra Cuba.

Kerry, presidente da influente comissão de Relações Exteriores do Senado, pediu uma revisão completa dos programas que custaram aos contribuintes estadunidenses mais de 150 milhões de dólares e que -na sua opinião-, só serviram para provocar o governo cubano.

Tais recursos sairiam dos cofres da Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID, por suas siglas em inglês), subordinado ao Departamento de Estado.


Naquela ocasião essa agência utilizou a empresa Development Alternatives (DAI) para distribuir material a pequenos grupos contrarrevolucionários em Cuba, como consequência disso foi preso Alan Gross, empregado da empresa.

A justiça cubana condenou o réu a 15 anos de privação de liberdade pelo delito de atos contra a independência e integridade territorial do Estado.

Após conhecida esta posição do senador por Massachussets, ocorreram "fortes choques pessoais e políticos" sobre o tema, segundo descrevem meios da imprensa estadunidenses.

Como resultado das pressões de grupos anticubanos, Kerry está se oferecendo para eliminar a suspensão que impôs aos fundos no dia 1 de abril caso se diminua o valor para 15 milhões, o que levantou contradições com seu colega no Senado, Robert Menéndez, defensor da linha dura contra a ilha.

A informação aparece resenhada amplamente nas páginas do diário El Nuevo Herald que menciona uma nota enviada na última sexta-feira pelo pessoal de Kerry ao Departamento de Estado.

O jornal indica que o porta-voz da comissão, Fred Jones, não quis fazer comentários sobre o texto, mas assegurou que continuam as discussões com a administração em "um esforço por assegurar que estes programas sejam efetivos e cumpram com objetivos reais".

Em uma nota ao Departamento de Estado pouco depois de bloquear os fundos, Kerry formulou 13 perguntas, entre as quais aponta para destaca que "investigadores federais ponham seus olhos em possíveis alegações de fraudes nos programas".

Durante anos, o uso dos fundos para tentar desestabilizar Cuba causou desconfiança entre seus críticos, que queixam-se de forma privada do mau uso generalizado do dinheiro nos últimos tempos, sustenta Herald.

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