quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Como os EUA bloqueia a internet dos cubanos

ETEC/S.A, empresa cubana de telecomunicações e internet | Foto: Agora 

Do Blog Sarrabulhada 

É uma falsidade muitas vezes repetida sobre Cuba, afirmar-se que existem limitações no acesso à Internet. É um fato que existem limitações, no entanto estas limitações não estão relacionadas com a democratização do acesso à população (que existe), mas sim com as limitações da ligação à World Wide Web (largura de banda reduzida e velocidades extremamente lentas) ditadas pelo bloqueio norte-americano.

Transcreve-se abaixo um excerto do relatório sobre o bloqueio imposto pelos EUA e apresentado na Assembleia-geral das Nações Unidas pelo governo de Cuba, capítulo relativo às tecnologias da informação (em português do Brasil).

"O setor da Informática e as Comunicações também foi fortemente afectado pela aplicação do bloqueio, incluindo as restrições impostas pelos Estados Unidos da América ao acesso de Cuba à Internet.

a) Cuba não pode conectar-se a internet a uma velocidade apropriada. A atual conexão cubana à chamada rede de redes não permite a largura de banda adequada para satisfazer a demanda do país. O bloqueio obriga Cuba a usar uma largura de banda e serviços de conexão por satélite, muito caro e com capacidade limitada. O problema poderia ser resolvido se permitisse a Cuba conectar-se, sem condicionamentos ou requerimentos discriminatórios, aos cabos de fibra óptica submarinos que passam a uns poucos quilómetros do território nacional. As autoridades estadunidenses ainda não o permitiram.

b) Cuba não tem direito a acessar os serviços que oferecem grande número de sítios na WEB. Esta denegação de acesso acontece ao se reconhecer que a conexão se estabelece desde uma direcção de Internet (IP) outorgada ao domínio cubano cu. Por conseguinte, só tem noção da afetação quando se acessa desde Cuba. Foi detectado um caso no qual a negação de toda a relação com Cuba aconteceu sem importar o lugar de origem da conexão. É o caso do sítio do AMADEUS (http://www.amadeus.com/).

c) No mês de maio do presente ano, a empresa norte-americana Microsoft decidiu bloquear o serviço de Windows Live a Cuba. No momento de conectar-se a esta ferramenta, é lido: "Microsoft cortou o Windows Live Messenger IM para os usuários de países embargados pelos Estados Unidos da América, por isso Microsoft não oferecerá mais serviço de Windows Live no seu país."

A seguir são apresentados alguns exemplos de outras páginas Web com negação de acesso desde o domínio cu. 

1- Cisco Systems http://tools.cisco.com/RPF/register.do (tecnologias para conexão, roteadores para servidores de acesso a internet, inclusive equipamento no campo do vídeo digital). 
2- SolidWorks http://www.solidworks.com/sw/termsofuse.html (sistemas automatizados de desenho).
3 - Symantec http://www.symantec.com/about/profile/policies/legal (software de protecção antivírus).

d) A Empresa de Telecomunicações de Cuba S.A (ETECSA) teve perdas na ordem dos 53, 7 milhões de dólares no período em estudo. Estes prejuízos são devidos fundamentalmente a que não se pode acessar ao mercado norte-americano para comprar equipamento especializado, sobressalente e outros insumos necessários para o bom desempenho da actividade da empresa. Isso obriga a procurar intermediários que encarecem extremamente o produto. Neste período, ETECSA viu-se obrigada a investir 96 mil e 100 dólares por cima do previsto para dispor de maior quantidade de componentes de reposição e, desta forma, poder garantir o serviço."

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