Desfile do Primeiro de Maio; Havana - 2018 | Foto: Irene Pérez/Cubadebate |
Manter uma Revolução durante 60 anos, nas barbas do império mais poderoso que o mundo já viu, é um heroísmo digno de todas as reverências. Por isso, considero o sistema cubano o mais próximo da perfeição entre todas as experiências de orientação socialista que a classe trabalhadora já teve.
A Revolução Russa foi a maior e mais completa de todas, do ponto de vista do marxismo-leninismo. E no maior país do mundo. Um fenômeno surpreendente e mágico. No entanto, embora tenha durado mais de 70 anos, a ditadura do prolerariado soviético vivenciou, ao longo de seu longa experiência, degenerações e erros cada vez mais agudos que levaram à derrocada do socialismo em todo o Leste Europeu e na maior parte do mundo.
Cuba, uma ilha do Caribe, região extremamente pobre e com poucos recursos econômicos, conseguiu manter sua Revolução. Sem o mesmo desenvolvimento das forças produtivas que ocorria em outros países como a URSS, a China, a Tchecoslováquia, a Polônia, a RDA, etc., Cuba sobreviveu.
Foi um tapa na cara dos economicistas, que restringem a revolução socialista ao desenvolvimento das forças produtivas. Do ponto de vista econômico, Cuba sempre foi mais atrasada do que todos os países do Leste Europeu. Só conquistou sua independência em 1898, e mesmo assim, até 1959, era uma semicolônia dos Estados Unidos. Isolada em meio a ditaduras títeres do imperialismo estadunidense, em um continente sem qualquer governo amigo, e longe de seus poucos parceiros comerciais, com escassos recursos naturais, era praticamente impossível que Cuba conseguisse um grande êxito no desenvolvimento de sua economia.
Com o fim da União Soviética, Cuba perdeu todos os seus parceiros. Os EUA aproveitaram o momento para asfixiar a ilha economicamente, aumentando o bloqueio econômico e as ações desestabilizadoras. Para piorar, furacões devastaram a ilha ao longo da década de 1990. Cuba não tinha mais de quem comprar o que ela precisava e não podia produzir por não ter os recursos e por causa dos desastres naturais. O Período Especial foi o mais duro desafio do povo cubano, que aguentou firme e lutou pela recuperação do país, sem abandonar a bandeira do socialismo.
Como a Revolução Cubana resistiu ao fim da URSS:
Mas então, como Cuba conseguiu manter a sua Revolução intacta e a chama do socialismo acesa?
Porque o governo revolucionário cubano, ao contrário do que propagam os sectários e os reacionários, e ao contrário do que fizeram os demais regimes proletários que já não existem mais, acreditou e trabalhou pelo pleno desenvolvimento da consciência e da organização da classe trabalhadora. No Leste Europeu, os regimes se transformaram cada vez mais em burocracias, impedindo a livre participação das massas no processo político e econômico de seus respectivos países, com um rígido controle sobre os movimentos populares. Sem a constante politização, educação revolucionária e mobilização massiva, o povo não teve os instrumentos necessários para impedir a restauração capitalista que destruiu todas as conquistas alcançadas pelos estados operários.
Em Cuba sempre vigorou a verdadeira ditadura do prolerariado, na qual a consciência de classe se forjou sob os governos de Fidel, de Raúl e agora do companheiro Miguel Díaz-Canel, continuador da majestosa obra revolucionária que orgulha todos os povos oprimidos do mundo. Em Cuba o povo é livre e se organiza no Partido Comunista, nas assembleias do poder popular, nos sindicatos de trabalhadores e estudantes, na união das mulheres e em todos os movimentos de massa, dando vida e revigorando a Revolução a cada dia que passa.
O governo revolucionário cubano soube compreender e aplicar o marxismo-leninismo à realidade de seu país e de seu povo. Quem poderia imaginar, preso nos dogmas e tratados teóricos, que uma pobre ilha explorada e esmagada, conseguiria completar 60 anos invicta, estando cara a cara com o imperialismo todos os dias durante essas seis décadas?
Fidel, em um histórico discurso em 1968, por ocasião dos 15 anos do Assalto ao Moncada, ironizou os economicistas e os reacionários, que desacreditavam a Revolução.
E o que aconteceu? O que pode se afirmar hoje? Que este povo desarmado, há apenas 15 anos, este povo analfabeto, travou uma das maiores batalhas revolucionárias e políticas dos tempos modernos, unindo-se, desenvolvendo a sua consciência revolucionária; e com sua força resistiu vitoriosamente a dez anos de agressões, dez anos de bloqueios econômicos. E todas as artimanhas, todas as rasteiras, todos os ardis, recursos do imperialismo, não foram capazes de dobrar este povo, debilitar este povo e esmagar a Revolução.
E já são 60 anos!
Para terminar essa singela homenagem à heroica ação e edificação revolucionária que inspira até hoje todos os povos explorados, essa homenagem ao bastião da resistência internacional, deixo dois vídeo. Um, com alguns excertos de discursos de Fidel sobre a resistência do povo cubano [veja cima], que nunca abandonará o socialismo. Outro, em que Fidel resume o que é a Revolução [veja abaixo]. Não posso deixar de me emocionar profundamente ao assistir tamanha manifestação de grandeza, dignidade, caráter e integridade revolucionária e humanista.
O que é Revolução, por Fidel Castro:
A Revolução Russa foi a maior e mais completa de todas, do ponto de vista do marxismo-leninismo. E no maior país do mundo. Um fenômeno surpreendente e mágico. No entanto, embora tenha durado mais de 70 anos, a ditadura do prolerariado soviético vivenciou, ao longo de seu longa experiência, degenerações e erros cada vez mais agudos que levaram à derrocada do socialismo em todo o Leste Europeu e na maior parte do mundo.
Cuba, uma ilha do Caribe, região extremamente pobre e com poucos recursos econômicos, conseguiu manter sua Revolução. Sem o mesmo desenvolvimento das forças produtivas que ocorria em outros países como a URSS, a China, a Tchecoslováquia, a Polônia, a RDA, etc., Cuba sobreviveu.
Foi um tapa na cara dos economicistas, que restringem a revolução socialista ao desenvolvimento das forças produtivas. Do ponto de vista econômico, Cuba sempre foi mais atrasada do que todos os países do Leste Europeu. Só conquistou sua independência em 1898, e mesmo assim, até 1959, era uma semicolônia dos Estados Unidos. Isolada em meio a ditaduras títeres do imperialismo estadunidense, em um continente sem qualquer governo amigo, e longe de seus poucos parceiros comerciais, com escassos recursos naturais, era praticamente impossível que Cuba conseguisse um grande êxito no desenvolvimento de sua economia.
Com o fim da União Soviética, Cuba perdeu todos os seus parceiros. Os EUA aproveitaram o momento para asfixiar a ilha economicamente, aumentando o bloqueio econômico e as ações desestabilizadoras. Para piorar, furacões devastaram a ilha ao longo da década de 1990. Cuba não tinha mais de quem comprar o que ela precisava e não podia produzir por não ter os recursos e por causa dos desastres naturais. O Período Especial foi o mais duro desafio do povo cubano, que aguentou firme e lutou pela recuperação do país, sem abandonar a bandeira do socialismo.
Como a Revolução Cubana resistiu ao fim da URSS:
Mas então, como Cuba conseguiu manter a sua Revolução intacta e a chama do socialismo acesa?
Porque o governo revolucionário cubano, ao contrário do que propagam os sectários e os reacionários, e ao contrário do que fizeram os demais regimes proletários que já não existem mais, acreditou e trabalhou pelo pleno desenvolvimento da consciência e da organização da classe trabalhadora. No Leste Europeu, os regimes se transformaram cada vez mais em burocracias, impedindo a livre participação das massas no processo político e econômico de seus respectivos países, com um rígido controle sobre os movimentos populares. Sem a constante politização, educação revolucionária e mobilização massiva, o povo não teve os instrumentos necessários para impedir a restauração capitalista que destruiu todas as conquistas alcançadas pelos estados operários.
Em Cuba sempre vigorou a verdadeira ditadura do prolerariado, na qual a consciência de classe se forjou sob os governos de Fidel, de Raúl e agora do companheiro Miguel Díaz-Canel, continuador da majestosa obra revolucionária que orgulha todos os povos oprimidos do mundo. Em Cuba o povo é livre e se organiza no Partido Comunista, nas assembleias do poder popular, nos sindicatos de trabalhadores e estudantes, na união das mulheres e em todos os movimentos de massa, dando vida e revigorando a Revolução a cada dia que passa.
O governo revolucionário cubano soube compreender e aplicar o marxismo-leninismo à realidade de seu país e de seu povo. Quem poderia imaginar, preso nos dogmas e tratados teóricos, que uma pobre ilha explorada e esmagada, conseguiria completar 60 anos invicta, estando cara a cara com o imperialismo todos os dias durante essas seis décadas?
Fidel, em um histórico discurso em 1968, por ocasião dos 15 anos do Assalto ao Moncada, ironizou os economicistas e os reacionários, que desacreditavam a Revolução.
E o que aconteceu? O que pode se afirmar hoje? Que este povo desarmado, há apenas 15 anos, este povo analfabeto, travou uma das maiores batalhas revolucionárias e políticas dos tempos modernos, unindo-se, desenvolvendo a sua consciência revolucionária; e com sua força resistiu vitoriosamente a dez anos de agressões, dez anos de bloqueios econômicos. E todas as artimanhas, todas as rasteiras, todos os ardis, recursos do imperialismo, não foram capazes de dobrar este povo, debilitar este povo e esmagar a Revolução.
E já são 60 anos!
Para terminar essa singela homenagem à heroica ação e edificação revolucionária que inspira até hoje todos os povos explorados, essa homenagem ao bastião da resistência internacional, deixo dois vídeo. Um, com alguns excertos de discursos de Fidel sobre a resistência do povo cubano [veja cima], que nunca abandonará o socialismo. Outro, em que Fidel resume o que é a Revolução [veja abaixo]. Não posso deixar de me emocionar profundamente ao assistir tamanha manifestação de grandeza, dignidade, caráter e integridade revolucionária e humanista.
O que é Revolução, por Fidel Castro:
Ótimo artigo
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