Retirada das sanções não significa, no entanto, que Cuba saiu da relação de "Estados patrocinadores do terrorismo" elaborada pelo Departamento de Estado
Do Opera Mundi
O governo dos Estados Unidos retirou nesta terça-feira (24/03) as sanções contra 45 companhias, indivíduos e embarcações de Cuba por o que Washington chamava de “apoio ao terrorismo ou ao narcotráfico”, em um novo passo para suavizar as restrições à economia cubana, segundo o processo de aproximação bilateral. Foram eliminados da lista seis indivíduos, 28 entidades e 11 embarcações.
A retirada das sanções não significa, no entanto, que Cuba saiu da relação de "Estados patrocinadores do terrorismo" elaborada pelo Departamento de Estado, medida que o governo cubano reivindica e que os Estados Unidos ainda estão avaliando. A inclusão de Cuba nesta relação é um dos argumentos que Washington utiliza para recrudescer a política de sanções econômicas e de perseguição internacional dos ativos da ilha e é parte do bloqueio econômico imposto ao país há mais de meio século.
Várias das empresas têm relação com a indústria turística de Cuba, como a Caribbean Happy Lines e a agência de viagens Guama; ou com atividades pesqueiras e navais, como a Abastecedora Naval e Industrial e as Pescados e Mariscos do Panamá. Mais de 30 dos 45 indivíduos, entidades e navios retirados da lista são registrados em território panamenho, mesmo procedendo de Cuba.
As sanções impediam que indivíduos ou entidades americanas realizassem transações financeiras com as pessoas e empresas afetadas, e congelavam qualquer ativo que pudessem ter sob jurisdição americana.
A retirada faz parte de "uma revisão interna e está de acordo com a linha política do presidente (Barack Obama) em relação a Cuba", afirmou à Efe o porta-voz do Tesouro, que pediu o anonimato.
Com Efe.
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