terça-feira, 24 de março de 2015

EUA eliminam empresas, indivíduos e barcos de Cuba de "lista terrorista"

Retirada das sanções não significa, no entanto, que Cuba saiu da relação de "Estados patrocinadores do terrorismo" elaborada pelo Departamento de Estado


Do Opera Mundi

O governo dos Estados Unidos retirou nesta terça-feira (24/03) as sanções contra 45 companhias, indivíduos e embarcações de Cuba por o que Washington chamava de “apoio ao terrorismo ou ao narcotráfico”, em um novo passo para suavizar as restrições à economia cubana, segundo o processo de aproximação bilateral. Foram eliminados da lista seis indivíduos, 28 entidades e 11 embarcações. 

A retirada das sanções não significa, no entanto, que Cuba saiu da relação de "Estados patrocinadores do terrorismo" elaborada pelo Departamento de Estado, medida que o governo cubano reivindica e que os Estados Unidos ainda estão avaliando. A inclusão de Cuba nesta relação é um dos argumentos que Washington utiliza para recrudescer a política de sanções econômicas e de perseguição internacional dos ativos da ilha e é parte do bloqueio econômico imposto ao país há mais de meio século.

Várias das empresas têm relação com a indústria turística de Cuba, como a Caribbean Happy Lines e a agência de viagens Guama; ou com atividades pesqueiras e navais, como a Abastecedora Naval e Industrial e as Pescados e Mariscos do Panamá. Mais de 30 dos 45 indivíduos, entidades e navios retirados da lista são registrados em território panamenho, mesmo procedendo de Cuba.

As sanções impediam que indivíduos ou entidades americanas realizassem transações financeiras com as pessoas e empresas afetadas, e congelavam qualquer ativo que pudessem ter sob jurisdição americana. 

A retirada faz parte de "uma revisão interna e está de acordo com a linha política do presidente (Barack Obama) em relação a Cuba", afirmou à Efe o porta-voz do Tesouro, que pediu o anonimato. 

Com Efe.

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