domingo, 28 de abril de 2013

A primeira visita de Fidel Castro à URSS

Fidel Castro no estádio de Volgogrado | Foto: Agência TASS

Da Agência Prensa Latina

A imprensa russa recorda o 50º aniversário da primeira visita do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, à União Soviética, em abril de 1963, quando percorreu desde o norte russo, até o sul centroasiático.

O jornal Pravda, do Partido Comunista da Federação de Rússia (PCFR), dedica uma página completa a episódios e fotografias sobre a acolhida por diversos setores da sociedade.

A visita, destaca o diário em edição de meio de milhão de exemplares, foi um acontecimento histórico na vida dos dois povos e perdura assim até hoje.

Assinala o Pravda que os soviéticos deram as boas-vindas na figura de Fidel ao heroico povo cubano, mostrando admiração pela façanha revolucionária que permitiu expulsar a saqueadores, e invasores, e defender a independência e soberania, pelo caminho do socialismo.

Ao mesmo tempo reconhece o papel impulsor da Revolução cubana para o movimento de libertação nacional da América Latina, depois da vitória de 1 de janeiro de 1959.

Na memória dos soviéticos ficaram também os acontecimentos de abril de 1961, vinculados aos destinos da "ilha da Liberdade".

Nas areias de Praia de Girón, em 72 horas, as forças armadas e o povo cubano derrotaram a brigada de mercenários dos imperialistas norte-americanos, evoca a resenha.

O Pravda publicou fragmentos de telegramas enviados à redação do jornal, com cumprimentos a Fidel desde diversas partes da então União Soviética, bem como fotografias da presença do líder cubano na praça Vermelha, em 28 de abril, encontros com pioneiros, artistas do Teatro Bolshoi, e recortes de seu histórico discurso no estádio Lenin (Luzhniki), de Moscou, o 23 de maio de 1963.

O jornal Sovietskaya Rossia, por sua vez, publicou em forma de suplemento de 16 páginas, partes das memórias do próprio Fidel Castro, sobre sua visita, em particular, dos bilhetes relacionados com seus contatos com o povo soviético, os trabalhadores nas fábricas, em unidades militares, com os marinheiros, e artistas, nas que plasmou suas impressões do grande país dos Sovietes.

Durante mais de um mês, o estadista cubano realizou uma longa viagem desde Murmansk, Moscou, Leningrado, Bratsk, o Lago Baikal (na Sibéria), Irkutsk, Tiflis, até Tashkent, no Uzbequistão.

Para o tenente general, Nikolai Leonov, tradutor do comandante durante o périplo soviético, nenhum estadista, nunca mais, nem dantes inclusive, realizou uma visita "tão grande, tão profunda e tão importante por suas consequências".

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