domingo, 5 de agosto de 2012

Cuba denuncia ação subversiva de grupos estrangeiros


Cuba denunciou os vínculos entre organizações políticas europeias de direita e agências especiais do governo dos Estados Unidos para promover novas ações subversivas na ilha.

Igualmente, criticou que políticos de direita e meios de imprensa internacionais utilizaram um acidente de trânsito ocorrido em 22 de julho último no qual faleceram dois cidadãos cubanos, como novo pretexto para condenar este país.

A televisão cubana transmitiu no horário nobre da última sexta-feira (3) entrevistas com os cidadãos europeus Ángel Carromero (Espanha) e Jens Aron Modig (Suécia), que estavam no carro no qual morreram Harold Cepero e Oswaldo Payá, membros do ilegal Movimento Cristão Libertação.

Carromero, dirigente juvenil do Partido Popular espanhol, negou as versões de que um veículo bateu na parte traseira do carro em que estava no momento do acidente e solicitou à opinião pública internacional para não utilizar o fato com fins políticos.

Eu simplesmente ia dirigindo o carro e me dei conta de um baque, tomei as precauções de qualquer motorista e acionei o freio, mas perdi o controle do veículo.

Apesar das declarações dos implicados, o material referiu a publicação de mais de 900 informações e 120 mil mensagens sobre o fato nos meios de imprensa e nas redes sociais, enquanto políticos de direita responsabilizaram o governo da ilha com o ocorrido.

Depois desse fato, por exemplo, o Escritório de Imprensa da Casa Branca expressou suas intenções de apoiar a subversão interna em Cuba. Por sua vez, o candidato presidencial estadunidense, Mitt Romney, duvidou da investigação das autoridades cubanas.

Por sua parte, Modig admitiu que os objetivos da visita à ilha eram reunir-se con Payá e com membros da organização ilegal dirigida por ele, assim como entregar-lhe uma soma em dinheiro para suas atividades.

O líder juvenil do Partido Democrata Cristão da Suécia assegurou ter realizado a viagem a Cuba com instruções do departamento internacional dessa organização política.

Segundo revelou o material, esse partido acolhe grupos como o Fundo para os presos políticos, o qual subvenciona a contrarrevolução interna e se vincula, além do mais, com uma Organização Não Governamental checa dedicada a realizar eventos anticubanos.

Esta e outras organizações, apontou, recebem financiamento do Fundo Nacional para a Democracia da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), com o fim de promover novas formas de subversão, que já não são executadas apenas pelo núcleo anticubano radicado em Miami.

Entre os criadores da estratégia está o Instituto Republicano Internacional (IRI), um dos chamados centros de formulação de pensamento do governo norte-americano, cujos planos eram conhecidos por Modig, que poucas semanas antes de sua viagem a Cuba assistiu a uma conferência internacional desse centro.

O IRI desempenha um ativo papel no desenho dos procedimentos de subversão, e sua intenção é fazer chegar meios tecnológicos à contrarrevolução através de emissários estrangeiros, para o que envolve organizações políticas de vários países.

Somente entre 2009 e 2012, o Departamento de Estado e a Usaid receberam uma dotação orçamentária de 75 milhões de dólares para programas subversivos contra Cuba, denunciou o material.

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