A visita informal do ex-governador do estado norte-americano do Novo México Bill Richardson a Cuba acabou com uma nota oficial da Chancelaria cubana acusando-o de caluniador.
A diretora do departamento de América do Norte do Ministério de Relações Exteriores em Havana, Josefina Vidal, assinou um documento no qual acusou o norte-americano de "pressionar" as autoridades cubanas após dizer que não voltaria a seu país sem ver seu compatriota Alan Gross, que cumpre pena na ilha por acusação de espionagem.
Vidal relatou que a visita de Richardson "se tornou impossível" quando ele acusou o governo cubano de manter Gross como "refém" em seu território.
Diante da denúncia, a diplomacia da ilha "recordou ao senhor Richardson que Cuba é um país soberano, que não aceita chantagens, pressões nem prepotências", atestou a diretora.
O ex-governador permaneceu alguns dias em Cuba e voltou, em suas próprias palavras, "decepcionado" por não ter recebido permissão do governo cubano a ver Gross, ato que considerou "desamigável".
A visita, apesar de não ter feito parte de uma missão oficial de Washington para tratar do tema, foi apoiada pela Casa Branca, como confirmou recentemente a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Victoria Nuland.
A diplomata norte-americana chegou a informar que Richardson foi convidado pelo governo cubano para tratar especificamente do caso. No entanto, a cubana Vidal assegurou que o tema "nunca esteve sobre a mesa" de negociações.
As condições de Gross, porém, foram garantidas pela diplomata cubana, que disse que seu estado de saúde "é normal" e recebe "uma atenção médica esmerada". Ele cumpre uma condenação de 15 anos por distribuir celulares e telefones via satélite para membros da oposição cubana em nome da USAID (Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos).
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