Por Bruna Andrade no Blog Memórias Cubanas
Cuba, que já passou por duas guerras de independência e uma revolução para conseguir libertar-se do colonialismo e imperialismo de Espanha e Estados Unidos, é um país de muitos heróis: Carlos Manuel Céspedes, herói da primeira independência; José Martí, herói da segunda; Fidel Castro, Che Guevara e Camilo Cienfuegos, heróis da Revolução Cubana. E existe, por parte do povo cubano, uma profunda admiração e uma real gratidão a esses cinco heróis, que têm seus rostos e ideais espalhados de ponta a ponta do país. No entanto, no coração cubano ainda existe espaço para mais cinco heróis. Eles se chamam Antônio, Fernando, Gerardo, Ramón e René e são os cinco antiterroristas cubanos presos em Miami há
Cuba, que já passou por duas guerras de independência e uma revolução para conseguir libertar-se do colonialismo e imperialismo de Espanha e Estados Unidos, é um país de muitos heróis: Carlos Manuel Céspedes, herói da primeira independência; José Martí, herói da segunda; Fidel Castro, Che Guevara e Camilo Cienfuegos, heróis da Revolução Cubana. E existe, por parte do povo cubano, uma profunda admiração e uma real gratidão a esses cinco heróis, que têm seus rostos e ideais espalhados de ponta a ponta do país. No entanto, no coração cubano ainda existe espaço para mais cinco heróis. Eles se chamam Antônio, Fernando, Gerardo, Ramón e René e são os cinco antiterroristas cubanos presos em Miami há
quase 15 anos.
Com
o triunfo da Revolução Cubana, o país passou a sofrer uma série de
atentados e tentativas de invasão, arquitetados desde os Estados Unidos
por grupos terroristas cubanos. Os episódios mais conhecidos são o da
invasão à Playa Girón, em 1961, e o da explosão de bombas que derrubaram
o voo 455 da empresa Cubana de aviação, matando 73 pessoas em 1976. Nos
anos 90, uma das formas de atuação dos terroristas eram os atentados em
hotéis, a fim prejudicar o turismo, que já era uma das principais
fontes de divisas de Cuba. Por isso, o governo cubano enviou ao país
vizinho um grupo de agentes que tinham a missão de se infiltrar em
grupos terroristas com o objetivo de captar informações sobre futuros
ataques a Cuba. Em junho de 1998, com as informações enviadas pelo grupo
de agentes cubanos que estavam em missão em Miami, o governo de Cuba
entregou ao FBI um relatório com mais de 200 páginas, além de gravações,
que comprovavam a existência de atividades terroristas no país. Em
setembro do mesmo ano, os cinco antiterroristas foram detidos pelos
Estados Unidos junto com outros agentes que participaram do programa de
delação premiada e foram soltos.
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Os 5, como são carinhosamente chamados em Cuba, foram acusados por mais de 20 crimes, incluindo “conspiração para espionagem” e “conspiração para homicídio”. No entanto, sempre negaram que estivessem no país para espionar os Estados Unidos e, ao contrário dos agentes delatores, em setembro deste ano completarão 15 anos de cárcere, tendo passado cerca de 17 meses em solitária. Entre novembro de 2000 e junho de 2001 eles foram a juízo em um julgamento extremamente questionável e foram todos condenados a penas máximas. Gerardo Hernández Nordelo: duas prisões perpétuas e 15 anos; Ramón Labañino Salazar: uma prisão perpétua e 18 anos; Antônio Guerrero Rodríguez: uma prisão perpétua e 10 anos; Fernando González Llort: 19 anos; René González Shewerert: 15 anos. A Anistia Internacional, alega que não foram apresentadas provas que demonstrassem a real culpa dos acusados, além disso, a entidade também defende que os cubanos não tiveram pleno acesso à defesa, já que muitas das provas foram declaradas secretas, segundo as leis estadunidenses. Outro questionamento que se faz é quanto ao julgamento ter ocorrido em Miami, onde ocorreu uma forte pressão popular e midiática pela condenação dos 5, impedindo assim que ocorresse de forma objetiva e imparcial.
Os
heróis cubanos, que foram aos Estados Unidos com a missão de
identificar e impedir a atuação de núcleos terroristas
contrarrevolucionários, estão presos, injustamente, acusados de serem
exatamente o que foram combater, terroristas. Por isso, em Cuba existe
um imenso clamor pela libertação dos 5, essa pauta está presente em
seminários, colóquios… Assim como se espalham pelas ruas os rostos dos
heróis da independência e Revolução, se espalham também os rostos dos 5
heróis antiterroristas que resistem bravamente aos desmandos do
imperialismo ianque. Hoje, em Cuba, acontece algo totalmente inusitado:
não são os heróis que estão lutando pelo povo, é o povo que está lutando
por seus heróis.
- Indicação: O livro do escritor brasileiro Fernando Morais “Os Últimos Soldados da Guerra Fria” conta de forma única a história dos 5 heróis cubanos.
Esse livro é no mínimo excelente! Não só pela qualidade literaria, sendo Fernando Morais um ótimo escritor, como td uma matéria rica em informação com fatos relatados de maneira imparcial e com muito profissionalismo. Mais do que isso um conteúdo que o ocidente "desconhece" mas se fosse o contrário, tds os jornais relatariam...
ResponderExcluirGrazy
realmente... imagine ser os cinco cubanos, cinco estadunidenses, europeus ou japoneses presos no irã, na china...
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