quarta-feira, 19 de junho de 2013

Depoimentos emocionados na tarde do primeiro dia da Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba

Fonte: JORNALISMO B


DSCF2039Na tarde do dia 13, a XXI Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba foi marcada por dois emocionados depoimentos de Adriana Pérez, deputada e esposa de Gernardo Hernández, um dos 5 antiterroristas cubanos; e de Carlos Permuy, filho de uma das 73 vítimas do atentado de 1976 em Barbados.


Carlos falou sobre as décadas de terror que Cuba viveu após o triunfo da Revolução. Na época em que ocorreu o atentado terrorista que derrubou o voo 455 da empresa Cubana de aviação em Barbados, ações como esta eram recorrentes, os hotéis também eram alvos frequentes dos terroristas, que tinham como objetivo prejudicar o turismo no país já que este é uma das principais fontes de divisas de Cuba.



Ele ainda lembrou que “a maior parte destes atentados estava sendo arquitetada por grupos de terroristas contrarrevolucionários cubanos radicados em Miami, que tiveram o apoio e financiamento do governo estadunidense”. Com base nisso, Permuy ainda colocou que “é a maior vergonha para os Estados Unidos que se volte a incluir Cuba na lista dos países patrocinadores do terrorismo”.


Para tentar evitar novos ataques ao país, o governo cubano enviou ao país vizinho uma equipe de agentes que tinham a missão de se infiltrar em grupos terroristas. A partir do trabalho destes agentes, em junho de 1988, o governo de Cuba entregou ao FBI um relatório com mais de 200 páginas, além de gravações, que comprovariam a existência de atividades terroristas no país. A resposta do governo dos Estados Unidos foi, em setembro do mesmo ano, prender os antiterroristas cubanos, alguns participaram do programa de delação premiada e foram soltos, mas cinco deles se recusaram a participar e foram acusados por mais de 20 crimes, incluindo “conspiração para espionagem” e “conspiração para homicídio”. Entre novembro de 2000 e junho de 2001 eles foram a juízo, em um julgamento que foi questionado até mesmo pela Anistia Internacional, e foram todos condenados a penas máximas. Gerardo Hernández Nordelo: duas prisões perpétuas e 15 anos; Ramón Labañino Salazar: uma prisão perpétua e 18 anos; Antônio Guerrero Rodríguez: uma prisão perpétua e 10 anos; Fernando González Llort: 19 anos; René González Shewerert: 15 anos, este último foi autorizado em maio deste ano a terminar de cumprir sua pena em regime aberto em Cuba.


Adriana Pérez falou sobre a questão dos 5 heróis cubanos lembrando que “eles dedicaram a sua juventude e as suas vidas para proteger a de 11 milhões de compatriotas”. Ela ainda ressaltou que “se não houvessem tantos ataques, não haveria necessidade de eles estarem nos Estados Unidos” e que os 15 anos que já se passaram já são suficientes para que pagassem pelos crimes, de falsidade ideológica e de serem agentes de governos estrangeiros, que confessaram ter cometido.


Adriana emocionou a todos quando lembrou que seu companheiro, Gerardo, está condenado a morrer na prisão por proteger Cuba do terrorismo, e dos familiares que não poderão mais ver o regresso dos 5, como o pai de René González, que morreu um mês antes do filho voltar a Cuba. “Cuba precisa dos 5 em Cuba, e eu preciso de Gerardo em minha casa”, completou emocionada.


A deputada ainda pediu a solidariedade internacional para divulgar a causa dos 5 com ações como a “Semana pelos 5”, que aconteceu recentemente em Washington, e o livro do jornalista brasileiro Fernando Morais “Os Últimos Soldados da Guerra Fria” que conta a história desses heróis cubanos. E ressaltou que “as ações tem que ser dirigidas ao governo estadunidense, porque é lá que estão presos os nossos 5”.

IMG_5984
DSCF2040

DSCF2075

DSCF2090
IMG_5986

Nenhum comentário:

Postar um comentário