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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

São Paulo: Filme sobre a luta de uma garota cubana contra o bloqueio dos EUA é exibido

Exibição de documentário cubano na Assembleia Legislativa de São Paulo | Foto: MPSC

Do site da ALESP 

Foi exibido na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), na última segunda-feira (28), o documentário cubano 'La gota de agua'. O evento reuniu parte do movimento brasileiro de solidariedade com Cuba, parlamentares e diplomatas de Cuba e da Venezuela.

O filme conta, em cerca de 30 minutos, os reflexos do bloqueio econômico dos Estados Unidos a Cuba. Produzido pelos cineastas cubanos Iriana Pupo e Yaimi Ravelo, o documentário escolhe tratar o assunto por meio da história real de uma garota de cinco anos que luta contra um câncer ósseo.

A trama mostra como as sanções estadunidenses dificultam o tratamento de Natali. Ela e sua família têm difícil acesso a medicamentos, como quimioterápicos e antibióticos, próteses de qualidade e cadeiras de roda, essenciais para Natali, já que precisou retirar uma das pernas por causa do câncer.

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"Precisamos repercutir e denunciar o que acontece em Cuba a partir do bloqueio. O povo paulista precisa ter conhecimento disso, até para evitar caminhos que um dia nos levem a passar por situações como essa", afirmou o deputado Maurici (PT), que comandou os trabalhos.
Mais de 60 pessoas participaram do evento | Foto: ALESP
O bloqueio dos EUA contra Cuba

Desde 1962, os Estados Unidos mantêm um embargo econômico a Cuba, pouco depois da Revolução Cubana destituir o ditador Fulgêncio Batista em 59. A política se trata de uma série de sanções impostas pelo país norte-americano que, basicamente, proíbem o comércio direto entre EUA e Cuba e impossibilitam negociações entre a ilha do Caribe e os outros países do mundo.

Com essas sanções, navios de quaisquer país do mundo não podem atracar nos Estados Unidos caso tenham atracado em algum porto cubano. Isso dificulta a vida dos habitantes do país, já que Cuba é uma ilha e possui pouquíssimos recursos naturais, precisando, em teoria, importar a maioria dos produtos.

"Os Estados Unidos queriam que o povo ficasse estrangulado, que tivesse fome, miséria. Mas eles tentam desde 1960 e estamos em 2023. Fidel dizia que eles conseguem derrubar governos, mas não um povo consciente, com saúde e educação", afirmou Carmen Diniz, representante do Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba, grupo responsável por veicular o documentário no Brasil.

Além de medidas econômicas, os Estados Unidos proíbem voos à ilha e colocaram, em 2022, Cuba na lista de países que não contribuem com a luta contra o terrorismo.
Bandeiras do Comitê Carioca e Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba | Foto: MPSC
O documentário 'La gota de agua' mensura os danos causados pelo embargo e diz que os mais de 60 anos da política já causaram 154 bilhões de dólares em perdas ao país latino.

Apesar de tudo isso, o cônsul cubano Pedro Monzón, que também prestigiou a exibição do documentário, ressaltou a importância de reatar a relação com o Brasil, que havia sido enfraquecida nos últimos anos.

"O mais importante é que reestabelecemos um vínculo importante na área de biotecnologia, farmacêutica e produção de energia renovável", comentou.
Exibição de "A gota de água" em São Paulo | Foto: Carmem Diniz
Presenças

Além de Carmen Diniz, Maurici, e Monzón, estiveram presentes o deputado Paulo Fiorilo (PT); a codeputada da Bancada Feminista, Mari Souza (PSOL); o deputado Carlos Giannazi (PSOL); o ex-deputado Jamil Murad; o cônsul da Venezuela, Jorge Medina; além do Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba e da Associação Cultural José Martí de Santos. 

Assista trecho do debate sobre o documentário:

 
Edição: Blog Solidários a Cuba

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