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terça-feira, 28 de novembro de 2023

Cuba: povo nas ruas em defesa da Palestina

Manifestação em solidariedade à Palestina, Havana - Cuba | Fotos: @leticiadeCuba, @DiazCanelB e CubaSí

Por Sturt Silva 

Dezenas de milhares de cubanos marcharam na última quinta-feira (23/11), em Havana, condenando o “genocídio” de Israel contra os palestinos.

A marcha, que foi organizada por organizações da juventude cubana, teve a participação do presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e de outras autoridades e lideranças da ilha socialista. 

Na imprensa cubana foi destacado que Díaz-Canel, até agora, é um dos poucos líderes mundiais a encabeçar uma manifestação contra os crimes de Israel e em solidariedade às vítimas palestinas.  
A multidão, ostentando bandeiras e faixas palestinas, gritava "Palestina livre" e "Israel é genocida." 

Raúl Alejandro Palmero, líder da juventude comunista de Cuba (UJC) e um dos organizadores do ato, em seu discurso anterior à mobilização destacou a importância de entender o contexto histórico da luta palestina. 

O líder juvenil ressaltou que o massacre não começou no mês passado, como alguns meios de comunicação ocidentais vendem. O genocídio do povo palestino começou com a criação do estado de Israel e suas práticas terroristas e colonialistas que já mataram mais 120 mil palestinos. 

“Este massacre não começou no mês passado, como os meios de comunicação ocidentais tentaram vender, custou mais de 120 mil vidas e a apropriação de mais de 78% do território palestino nos últimos 75 anos”, disse ele.

Da mesma forma, enfatizou que este não é um conflito armado, mas sim o maior e mais longo genocídio contínuo da história . 
O apelo à marcha baseou-se na profunda sensibilidade que a devastação sofrida pelos palestinos despertou no povo cubano. Raúl destacou as imagens chocantes dos assassinatos de crianças e mulheres por Israel, além da destruição da maioria dos hospitais de Gaza. 

Participação de estudantes palestinos

A marcha também contou com a participação de jovens palestinos que estudam em Cuba. Eles são beneficiados por um programa de bolsas que o governo de Cuba oferece a jovens de países pobres. 

O Dr. Atef Abdelhafez Sharif al Safadi, residente palestino de Oncologia de um hospital cubano, denunciou as consequências devastadoras dos ataques em Gaza e expôs a brutalidade da violência sofrida pelo seu povo:

“Lançaram mais toneladas de bombas do que em Hiroshima e Nagasaki. Eles usaram armas proibidas, como o fósforo branco, que causa queimaduras terríveis”, disse Atef, destacando a magnitude destrutiva dos ataques.

O médico palestino revelou que mais de 25 hospitais foram bombardeados, deixando os pacientes sem acesso a abastecimentos vitais como água, eletricidade, alimentos, medicamentos e combustível. Além disso, lamentou a perda de mais de 200 médicos e profissionais de saúde, que foram assassinados a sangue frio por se recusarem a abandonar seus pacientes em terapia intensiva e neonatologia.

O doutor ainda rejeitou categoricamente as acusações de terrorismo: “Não somos terroristas, nem animais, como disse o ministro da defesa sionista. Somos lutadores pela liberdade, justiça e paz. Por esta razão, viemos aqui hoje para exigir um cessar-fogo agora, o fim do massacre e dos crimes contra o nosso povo.”
Manifestação passou em frente a Embaixada dos EUA 

Os manifestantes também condenaram o papel dos EUA nos ataques aos palestinos. 

“Os Estados Unidos são um dos maiores responsáveis ​​por apoiar o Estado de Israel… estão a apoiar um massacre dos palestinos e as leis internacionais estão a ser violadas”, disse Anet Rodríguez, professora universitária. 

144 palestinos estudam medicina em Cuba

No último dia 17, Díaz-Canel recebeu, na sede do governo cubano, 144 jovens palestinos que estudam medicina em Cuba, 78 deles vindo da Faixa de Gaza, onde Israel comete um genocídio sem precedentes. 
Naquele dia, Cuba reafirmou a solidariedade com o povo palestino e condenou mais uma vez os crimes de Israel e a cumplicidade dos EUA. O monumento de José Martí, herói da independência de Cuba, que fica na Praça da Revolução e em frente ao palácio do governo, ressaltou a irmandade do povo cubano com o povo palestino. 
Primeira manifestação

Já na cidade de Camagüey, também no mesmo dia, o povo cubano foi às ruas pela primeira vez desde que começou a ofensiva brutal contra Gaza, condenando o genocídio de Israel e em solidariedade ao povo palestino. 

Além disso, outras cidades cubanas realizaram atos de rua como a cidade de Cienfuegos, no último dia 21. 

Por uma Palestina livre 

Cuba já manifestou em numerosas ocasiões o seu apoio incondicional ao direito da Palestina ser um Estado livre e soberano, com capital em Jerusalém Oriental e nas fronteiras anteriores a 1967. O país tem sido um forte defensor da causa palestina. 

Mais de 15 mil palestinos foram assassinatos, dezenas de milhares feridos e outros 5 mil sequestrados pelo estado terrorista de Israel desde 7 de outubro.  

2 comentários:

  1. Viva a solidariedade internacionalista do bravo, revolucionário e querido povo cubano!!!

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  2. Parabéns aos camaradas cubanos. É hora do povo de todo o mundo se levantar para cessar o massacre do Governo fascista de Israel contra o Povo Palestino. AVANTE, ATÉ A VITÓRIA, SEMPRE!

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