Páginas

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

59 anos depois, a história absolveu Fidel.

“Condene-me, não importa. A história me absolverá”. Com essas palavras e essa convicção finalizou sua histórica alegação de autodefesa o jovem advogado Fidel Castro Ruz, ao ser julgado pelas ações de 26 de julho de 1953, quando a Geração do Centenário protagonizou os assaltos aos quartéis de Moncada e Carlos Manuel Céspedes.

Por Roberto Ortiz del Toro, no Cuba Debate
Fonte: VERMELHO

Neste 16 de outubro comemoram-se 59 anos do histórico acontecimento no qual Fidel passou de acusado a acusador no julgamento realizado na pequena sala de enfermagens do hospital Saturnino Lora, em Santiago de Cuba e com uma enérgica denuncia quebrou o muro do silêncio que a censura pretendeu impor ao julgamento.

Fidel pediu para exercer sua própria defesa para denunciar abertamente e com crueza os excessos da sangrenta ditadura de Fulgencio Batista Zaldívar, que acrescentou à lista de abusos e ultrajes o assassinato de numerosos rebeldes que participaram do assalto ao quartel Moncada.

“A história me absolverá” constitui um documento que sintetizou de maneira brilhante, o programa de luta dos jovens revolucionários. Tanto no programa político e de ação, tornou-se um instrumento eficaz para a unidade do movimento revolucionário, que faria valer sua influência futuramente sobre o curso da luta até a vitória final em janeiro de 1959.


Não significou apenas uma peça oratória de enorme transcendência, mas que se converteu por direito próprio no Programa da Moncada, cujas bases magistralmente expostas por Fidel e posteriormente foram materializadas, como o tributo mais adequado para os heróis e mártires de Moncada.

Ao rever suas páginas, encontraremos a assombrosa visão futurista de Fidel, a estratégia definida para fazer realidade os desejos libertários do povo cubano, sua posição anti-imperialista e a rotairreversível do caminho revolucionário transitado pelo povo cubano até a atualidade.

“Quanto a mim, sei que a prisão será dura como não foi nunca para ninguém, repleta de ameaças, de crueldade e covardia, mas não a temo, como não sinto temor da fúria do tirano miserável que tirou a vida de 70 irmãos meus. “Condene-me, não importa. A historia me absolverá”, conclui Fidel no sua histórica defesa.

O tempo transcorrido e a Revolução Socialista em Cuba confirmam que Fidel foi absolvido pela história.

*Tradução: Leo Ramirez


Nenhum comentário:

Postar um comentário