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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Em Cuba, inspiração está nas ruas


Este texto vale muito pelo último parágrafo, quando um publicitário tipicamente capitalista, que trabalha em Havana, admite: "Não nos sentimos restritos aqui. Vivemos de maneira mais simples. Eu vivo próximo de fontes de criatividade e vou a lugares onde me conecto com músicos, artistas e atores. Quando fazemos eventos, nossa relação com eles é direta”. “Na Europa, usamos agências como filtros para transformar criatividade em marketing. Não é assim em Cuba. Claro que não é fácil, mas é inspirador". A vida no socialismo, mais vida!!! O ser acima do ter!!!


Sem agências no país, marca Havana Club enfrenta restrições para anunciar dentro e fora de lá

Os anúncios da campanha "Nada se compara a Havana"
mostram cenas do dia-a-dia da cidade

O Advertising Age fez um retrato de uma empresa cubana que precisa divulgar sua marca, mesmo com todas as restrições dentro e fora do país.

A marca de rum Havana Club, uma joint venture entre a Pernor Ricard e a Cuba Ron, uma estatal cubana, tem sua publicidade global conduzida a partir de Paris pela M&C Saatchi. Cerca de 70% da produção da bebida é exportada.


A agência está por trás da campanha mais recente: “Nada se compara a Havana”. Os anúncios mostram cenas típicas de Havana, como um casal em uma bicicleta e o mais divertido: um carro dos anos 1950, com a frase: “Quando você bebe, não dirige. Deve ser por isso que nossos carros duram tanto”. Essas peças são veiculadas em 27 países, excluindo os Estados Unidos por conta do embargo.

A M&C Saatchi trabalha agora em um filme longa-metragem chamado “Sete Dias em Havana", que será lançado em breve.

O diretor de marketing da marca é Yves Schladenhaugen, francês que vive e trabalha em Cuba há três anos. Schladenhaugen conta que a publicidade de Havana só é possível em pontos de venda e nos free shops. Ele conta que tem um time local responsável pela visibilidade em bares e lojas, bem como shows e eventos.

Ele falou ao AdAge sobre algumas peculiaridades de trabalhar em Cuba, como o péssimo acesso à internet, a falta de agências e a interferência do governo que, por meio da Cuba Ron, é sócio de 50% do negócio. “Todos os países têm suas regras em termos de impostos, empregos e movimentação de pessoas”, pondera o executivo.

E ele elogia a vida que leva em Havana: “Não nos sentimos restritos aqui. Vivemos de maneira mais simples. Eu vivo próximo de fontes de criatividade e vou a lugares onde me conecto com músicos, artistas e atores. Quando fazemos eventos, nossa relação com eles é direta”, afirma. “Na Europa, usamos agências como filtros para transformar criatividade em marketing. Não é assim em Cuba. Claro que não é fácil, mas é inspirador”, analisa.

Com informações do Advertising Age.

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