Fonte: TRABAJADORES
Tradução: Blog Solidários.
Discutem o trabalho comunitário cultural na comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Assembléia Nacional do Poder Popular.
Uma premissa fundamental que articula o trabalho comunitário deve ser a de considerar a cultura como um fator de integração na nação cubana, disse Graciela Pogolotti, ao intervir na sessão da tarde na comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Assembléia Nacional do Poder Popular (ANPP).
A notável intelectual salientou a necessidade de preservar o patrimônio nacional, motivado pelo que foi exposto nos relatórios apresentados pela direção da União de Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC), pelo Centro de Intercâmbio e Referência-Iniciativa Comunitária e pelo Conselho Nacional de Casas de Cultura, bem como pela comissão de trabalho da ANPP.
Graciela Pogolotti disse que “a cultura é a vida da comunidade”. Mencionou exemplos positivos a esse respeito, como os passeios que o cantor Silvio Rodriguez está realizando para vários bairros pobres da capital, e referiu-se à experiência - mais distante no tempo - do Grupo de Teatro Escambray, que proporcionou um intercâmbio excelente com os campesinos da àrea, e levou muito em conta suas realidades e problemas.
Ela insistiu na importância do trabalho comunitário cultural e disse que, nesse sentido, muitos podem fazer, não só os instrutores de arte, mas outros profissionais, tais como os arquitetos da comunidade. “Quantos problemas práticos para a melhoria ambiental pode ter um profissional com esse perfil?”.
O presidente da UNEAC, Miguel Barnet, disse com orgulho que veio da primeira formatura instrutores de arte, o que lhe permite falar com um certo privilégio para resolver um problema como este.
Barnet observou que, essencialmente, estes profissionais e outros graduados da especialidade de Estudos Socioculturais devem ler e conhecer a obra de “Don Fernando Ortiz, esse homem que foi verdadeiramente um sábio” e um profundo conhecedor da cultura popular.
O autor de Cimarrón pegou algumas idéias levantadas por Pogolotti e salientou a necessidade de salvaguardar nossos valores e as tradições populares.
Presente também na sessão de trabalho, o ministro da Cultura, Abel Prieto, observou como positivo que os municípios têm agora a chance de encontrar uma solução para suas dificuldades. “Cada vez mais, ele disse, vai haver um papel mais relevante da comunidade na solução de seus problemas materiais e espirituais”.
Abel Prieto ratificou a observação feita por estudiosos que o antecederam quanto à inevitabilidade da integração para realizar com êxito um trabalho comunitário cultural com eficácia, e que "milagres acontecem" quando o Partido e o Governo se unem com este propósito em um território.
Ele referiu-se a péssima situação construtiva que apresentam muitos centros culturais no país, o qual se acompanha - segundo explicou - o drama da falta de estratégias e de criatividade, pois se pode fazer mais com os recursos que estão disponíveis.
Ele elogiou o trabalho desenvolvido por muitos instrutores de arte, mas considerou que tem havido dificuldades na sua preparação.
Na sessão de trabalho participou, também, Félix Ulloa, funcionário do departamento de Cultura do Comitê Central, juntamente com outros dirigentes dos ministérios da Cultura, do Ensino Superior e do Instituto Cubano de Rádio e Televisão.
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