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terça-feira, 15 de outubro de 2019

Número de brasileiros que visitaram Cuba mais do que dobrou entre 2016 e 2018

Praia cubana | Foto: Caribe News Digital

Em dois anos, o número de brasileiros que visitaram Cuba mais do que dobrou, passando de 22.862, em 2016, para 45.723, em 2018.

Esse dado representa um grande salto em relação aos três anos anteriores (de 2013 a 2016), onde o número de turistas brasileiros aumentou de 17.795 para 22.338. 

O turismo é a principal atividade econômica de Cuba. No último ano, o setor gerou cerca de 2.9 bilhões de pesos convertibles (aproximadamente 2.9 bilhões de US dólares).

4.683.655 foi o total de turistas recebidos pela ilha em 2018, quase o dobro dos 2.838.684 recebidos em 2013. A maior parte dos visitantes vêm do Canadá e Estados Unidos, seguidos pela Itália, Alemanha e Rússia. Embora tenha aumentado o número de brasileiros, ainda estamos na 15ª posição dos que mais visitaram Cuba no último ano.

Fonte: Dicas sobre Cuba
O que pode ter contribuído para esse aumento? 

Quando de Raúl Castro assumiu o governo em 2008, algumas mudanças na legislação conferiram caráter mais dinâmico à economia do país. Destaca-se a regulamentação dos cuentapropistas (trabalhadores por conta própria), na qual muitos cubanos passaram a abrir pequenos negócios como bares, restaurantes, lojas e outros serviços. 

Nos últimos anos, Cuba recebeu visitas de diversas celebridades e autoridades internacionais. Ressaltamos, a visita do Papa Francisco, em 2015; em 2016, a viagem histórica do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e sua família e o show inédito dos Rolling Stones; a presença de Will Smith no festival internacional de jazz, em 2017, e correndo a maratona de Havana, em 2018; e, em 2019, a visita do Príncipe Charles e da duquesa Camilla de Cornwall, da família real britânica.

Desafios do turismo em Cuba 

Apesar dos holofotes internacionais e do aquecimento do setor de turismo, os desafios que persistem não são facilmente ultrapassados. Atualmente, o governo de Donald Trump recrudesceu o bloqueio econômico, visando isolar Cuba. Os cidadãos norte-americanos, que já eram proibidos de viajar para Cuba para turismo, passaram a enfrentar novos empecilhos. Os cruzeiros da MSC, que eram vistos com frequência em Havana e traziam milhares de turistas a cada ano, foram proibidos ancorar em Cuba. Em setembro, novas sanções foram decretadas para empresas e navios que transportassem petróleo até a ilha, o que desencadeou uma crise energética sem precedentes na década atual, ainda que esta tenha sido amenizada com o apoio de aliados como Rússia e Venezuela.

Apesar das dificuldades, o governo cubano segue investindo no setor, apostando nas vantagens proporcionadas pelas belezas naturais da ilha e no estímulo às diversas formas de arte presentes no país, como música, dança e artes visuais. 

Novos hotéis de luxo, como o Grand Packard e Prado y Malecón, que foram inaugurados ou serão em breve, em celebração ao Havana 500, juntamente com a reforma de diversos pontos turísticos referência, como o Capitólio e a Sorveteria Coppelia, demonstram que os estímulos ao setor turístico continuarão sendo centrais na estratégia de desenvolvimento cubana durante os próximos anos.

Nota do Solidários a Cuba: a reportagem acima não informou, mas houve queda em 2019. Confira aqui.

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