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quarta-feira, 1 de maio de 2013

É Santiago de Cuba! Não se assombrem!

Por Oscar Sánchez Serra no Granma
Seis meses depois de ser arrasada pelo furacão Sandy, Santiago de Cuba já se recuperou. É Santiago de Cuba!
”Santiago comove, parece uma cidade bombardeada. Mas, vamos sair disso. Vocês são gente aguerrida”, afirmou Raúl, em 29 de outubro do ano passado, ao percorrer a província assolada em 25 desse mês pelo devastador furacão Sandy.

Profundo conhecedor de Santiago de Cuba e dos santiagueiros e santiagueiras, também lhes expressou: “Foi duro, mas Santiago é Santiago, resistiu vendavais e guerras de toda classe, também vencerá este, é preciso resistir!”.

Responderam-lhe com um aplauso fechado, qual convocatória ao combate para reverter aqueles danos. Em 25 de abril, exatamente seis meses depois da investida dos ventos, as palavras do general-de-exército continuam presidindo a batalha por fazer um Santiago mais belo, e vão vencendo.

O primeiro que chama a atenção e impressiona ao chegar ao berço da Revolução, é encontrar-se com uma cidade limpa e ordenada, o que se combina em química perfeita com suas cores e ritmos musicais. A alegria e a coragem do santiagueiro habitam nessa mesma anatomia, e exibem-nas como uma das características mais belas de cubanidade, de identidade nacional.

Passear suas ruas e encontrá-las cheias de negócios e serviços gastronômicos variados, bem em cêntricas avenidas como a Alameda del Puerto ou Garzón, ou em zonas mais afastadas como o popular bairro de Los Olmos, que hospeda a Turey, uma boate, não só resgatada do furacão, mas da ruína construtiva e social em que se tinha convertido, para entregá-la à recreação dos jovens, também impressiona.

Chegar a um CDR da zona 36, no Conselho Popular Flores, e não escutar as palavras ciclone nem furacão e sim pedidos de que “é preciso que o jornal fale mais dos cederistas que estamos em Congresso” ou ouvir a mestra da escola falar sobre os valores que devemos promover ou das mesas redondas que ali no bairro protagonizam as crianças sobre diversos temas da sociedade cubana, fazem com que se respire a Revolução na rua.

Impressiona sim, e não porque não estejamos acostumados a ver este povo levantar-se perante as dificuldades, pois deram suficientes provas, mas porque ainda está fresco na memória que o evento meteorológico deixou em apenas umas horas seis milhões de metros cúbicos de entulhos na cidade oriental, que ao ano gera apenas um milhão de resíduos sólidos, ou que ali há mais de 50 mil moradias sem tetos e outras que perderam uma parte dele, para as quais são necessários seis milhões de metros quadrados dessa superfície para cobrir todas as moradias danadas.

Ir ao bairro de San Pedrito e apreciar o que ainda resta na comunidade de pequenas e fracas casas, mas também o San Pedrito que aos poucos se levanta novo e bonito, é traduzir em fatos, a máxima revolucionária de que ninguém ficará desamparado.

A Casa da Trova Pepe Sánchez, a Praça de Marte com sua gente falando de beisebol e uma rica vida social, o parque Céspedes hospedando o mais emblemático da cidade, congas, boleros ou o Beny santiagueiro, o esplendor e sabor da sorveteria Coppelia de Enramada, ou o Clube Náutico da Alameda, rodeado de áreas esportivas, são alguns dos pontos duma cidade que vibra, se levanta dia após dia.
E como conseguiram isso? A resposta foi dada por Manuel Navarro Luna, quando escreveu em 1957: É Santiago de Cuba! Não se assombrem!

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