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terça-feira, 21 de maio de 2013

Cuba aposta em uma sociedade livre de descriminações: (comemoração do Levante dos Independentes de Cor)

Em Cuba se realiza um importante encontro cujo tema central é o repúdio ao racismo, ao se cumprir 101 anos do Levante dos Independentes de Cor. (1)



(1) O Levante dos Independentes de Cor foi um movimento armado que teve lugar em Cuba no ano de 1912, levado a cabo pelos membros do Partido Independente de Cor.

Esse Partido foi fundado no processo das eleições municipais de 1908, para lutar contra a descriminação racial contra a população afro-cubana. Para presidi-lo foi nomeado o pedreiro Evaristo Estenoz, que havia sido dirigente da Greve de 1899. Em 1910 a Lei Eleitoral proibiu os partidos raciais ou de classe. Entre os Independentes de Cor foi crescendo a ideia de que era preciso lançar-se em uma luta armada para pressionar o Congresso a reconsiderar a lei.

Em 20 de maio de 1912 rompeu  a ação armada com a intenção de obrigar que o partido fosse novamente legalizado, com levantes, principalmente nas províncias orientais e Las Villas e pequenas ações em Havana, Pinar del Río, Canasí e Matanzas.

Em 27 de junho, Estenoz foi fuzilado junto com outros 50 companheiros. O golpe final contra o levante se deu em 12 de julho, dia em que o coronel Pedro Ivonet se rendeu nas cercanias de Caney e morreu - supostamente - ao tentar escapar. Com a morte dos líderes, o movimento dos Independentes de Cor chegou ao fim.

O número total de mortos no conflito oscila entre a cifra oficial de 2000 pessoas a 5000, de acordo com um dos participantes do levante, Guillermo Lara. Tomás Fernández Robaina indica, por sua vez, a morte de pelo menos 3000 negros e mestiços no combate, frente a 12 baixas por parte do exército oficial.

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