Por Raquel Moysés - jornalista (Iela /UFSC)
Depois de meses de preparação começam, nesta terça, 9 de abril , as Jornadas Bolivarianas, que prosseguem até sexta feira, dia 12, no Auditório da Reitoria. Há quase uma década elas acontecem na UFSC, organizadas pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA). Nesta nona edição, vão tratar do tema “Megaeventos esportivos: impactos, consequências e legados para o continente latino americano”, com a presença de conferencistas de seis países: África do Sul, Cuba, México, Uruguai, Equador e Brasil.
Na abertura, nesta terça, às 18h30min, fala o professor equatoriano Jaime Breilh, diretor da área de saúde da Universidad Andina Simón Bolivar e coordenador do Global Health para a América. São conferencistas nas demais mesas temáticas, de quarta até sexta-feira, o reitor cubano Antonio Becali Garrido;o jornalista Maurício Mejía, do México; o jornalista e escritor Eddie Cottle, da África do Sul, e o professor Raumar Rodrigues Gimenez, do Uruguai.
Entre os conferencistas brasileiros vão estar presentes o jornalista e comentarista esportivo Juca Kfouri e Renato Cosentino Vianna Guimarães, do Comitê Popular Rio Copa e Olimpíadas, além dos professores Nilso Ouriques (Unoesc), Fernando Mascarenhas (UnB),Paulo Capela (UFSC), Marcelo Proni (Unicampi), Nildo Ouriques (UFSC). Dentro do espaço das Jornadas, Jaime Breilh também profere a Aula Inaugural do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, dia 11, às 14 horas, abordando o tema “Determinantes sociais da saúde dos trabalhadores na América Latina”.
O professor Paulo Capela, presidente do IELA e pesquisador do Vitral Latino-Americano de Educação Física, Esportes e Saúde, lembra que as Jornadas têm como objetivo resgatar um elo necessário do que fazemos com o continente latino-americano. “É nossa compreensão que os colonizadores nos deixaram um legado cultural poucas vezes confrontado em relação ao projeto civilizatório dos povos originários latino-americanos. E, como já dizia José Martí, esta página roubada da história da humanidade só poderá ser recuperada por nós mesmos.”
Capela explica que “as Jornadas estão ancoradas em pressupostos teóricos que nos auxiliam a explicar nossa riqueza econômica (sexta economia do mundo, no caso do Brasil) e o tanto que temos que avançar para nos libertar das amarras de dependência, que nos atrelam aos grandes centros econômicos, científicos e culturais, em direção a um projeto nacional soberano.”
“Megaeventos esportivos: impactos, consequências e legados para o continente latino americano” é um tema significativo de nossos estudos, diz Capela. “As temáticas escolhidas para as conferências e os respectivos conferencistas nos possibilitarão muitos esclarecimentos sobre os reais interesses da realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas em nosso país.”
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