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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Cuba condena todos os métodos e ações terroristas


  
Cuba condena todos os métodos e ações terroristas, independente de quem os cometa e suas justificativas, incluindo atos realizados por estados, afirmou hoje Rodolfo Benítez, subdiretor de Assuntos Multilaterais da Chancelaria.

Em entrevista com a Prensa Latina, o diplomata detalhou as ações concretas do país para enfrentar esse flagelo, como a aprovação em 2001 da Lei 93, que qualifica todos os atos de terrorismo internacional como delitos graves e estabelece sanções severas contra os autores.

Benítez enfatizou que a Ilha apoia as resoluções sobre o terrorismo aprovadas nas Nações Unidas e as aplica de maneira estrita.

A partir da inexistência de uma definição legal desse flagelo aceita por todos, Cuba defende de maneira ativa uma convenção global que o defina claramente e inclua o terrorismo de Estado como parte do conceito, apontou o subdiretor.

No entanto -continuou-, a oposição ocidental, principalmente dos Estados Unidos, a incluir esta figura na definição é o que retarda as negociações, mas apesar disso o governo cubano continua promovendo a convenção.

Com relação à inclusão de Cuba na lista de países supostamente terroristas, elaborada pelos Estados Unidos, Benítez considerou-a vergonhosa e uma decisão politicamente motivada, com o propósito de tentar justificar a continuidade do bloqueio imposto à Ilha por mais de meio século.

"A dupla moral de Washington está demonstrada, já que enquanto inclui-nos nessa lista, tenta omitir que nosso país tem sido vítima, como provavelmente nenhum outro, de ações terroristas, em sua maioria organizadas e financiadas no mesmo território estadunidense", argumentou.

Segundo dados oficiais, cerca de 3.500 cubanos morreram e mais de dois mil ficaram incapacitados como resultado de atos terroristas promovidos pelos Estados Unidos desde o triunfo da Revolução, em 1959.

Outro elemento que evidencia a dupla moral da Casa Branca é a permissão a reconhecidos terroristas de permanecer nesse país impunemente, como o caso de Luis Posada Carriles, responsável pela voladura em 1976 de um avião civil cubano com 73 pessoas a bordo, assinalou o servidor público.

Benítez também manifestou que Washington não respondeu a proposta cubana, realizada em 2001, de assinar um programa bilateral para enfrentar o terrorismo.

O diplomata assegurou que para a política exterior cubana continuará sendo prioridade a disposição de cooperar no combate ao flagelo, assim como a denúncia de ações unilaterais que obstaculizam esse propósito.

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