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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ativistas mobilizam-se contra restrições de viagens EUA-Cuba

Fonte: PRENSA LATINA

Washington, 16 ago (Prensa Latina) Cubanos residentes nos Estados Unidos e organizações não governamentais nesse país têm enviado milhares de cartas, faxes e correios eletrônicos à Casa Branca para que seja anulada uma proposta contra viagens à Ilha, asseguram hoje meios de comunicação. 

Milhares de cartas e e-mails foram enviados e numerosos telefonemas foram dados. Mas a decisão ainda está em suspense. Refiro-me à emenda do congressista Mario Díaz-Balart ao projeto de lei de Recursos da Câmara de Representantes, aponta o comentarista Alvaro F. Fernández. 

Em um artigo que publicou a página digital da emissora Rádio Progresso, de Miami, Fernández destaca que "a emenda Díaz-Balart ainda ameaça. A batalha ainda não foi ganha." 


No mês passado, a Casa Branca emitiu uma declaração na qual expressava não estar de acordo com a emenda e que o Presidente vetaria a lei se contivesse palavras a respeito de Cuba, assinala. 

"Estamos agradecidos de que a Casa Branca tenha adotado essa atitude, mas não devemos descansar até que o assunto seja solucionado", reforça o jornalista. Devemos recordar que o proposto pela emenda Díaz-Balart é singelo: regressar à era de George W. Bush, quando os cubano-americanos apenas podiam visitar uma vez a cada três anos os membros de sua família, acrescenta. 

Quanto às remessas, tinha um limite de 300 dólares por trimestre. E de todas as medidas -enfatiza Fernández-, possivelmente a mais insultante era o fato de que a administração Bush havia tido a audácia de definir quem era membro da família. Agora os congressistas Díaz-Balart, Ileana Ros-Lehtinen, David Rivera e outros insistem em restabelecer estas medidas draconianas a todos. 

E não podemos permitir que isso aconteça outra vez, acentuou o articulista da Rádio Progresso Miami. É preciso continuar escrevendo à Casa Branca, para que (Barack) Obama saiba que não se pode permitir que isso aconteça. 

Que o Presidente saiba que levaremos em conta sua ação quando chegar novembro de 2012 (eleições presidenciais), insistiu Fernández. Há três meses a congressista estadunidense de origem cubana Ileana Ros-Lehtinen, presidenta do Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes, pediu a Obama que tome medidas para impedir supostas violações de leis sobre o turismo à Ilha. Ros-Lehtinen exortou o Escritório Oval a aplicar os regulamentos estabelecidos para confrontar esforços de algumas instituições norte-americanas e agências de viagem que promovem a participação de cidadãos estadunidenses em excursões turísticas ao arquipélago antilhano. 

Nos Estados Unidos, uma lei de 2000 proíbe outorgar licenças para atividades turísticas em Cuba. Em janeiro de 2011, por resolução de Obama, aliviaram-se algumas regulações, mas continuaram em vigor restrições significativas sobre as viagens para a nação do Caribe. As mudanças menores só beneficiaram viagens por motivos acadêmicos, religiosos, culturais e esportivos, que cumpram com certas pautas e sobretudo com uma política que Washington denomina "promoção do contato pessoa a pessoa". Além de Ros-Lehtinen, outro congressista dos quais muitos analistas qualificam como a extrema direita cubano-americana, o representante David Rivera, também realizou esforços para revogar o relaxamento das restrições de viagens a Cuba. 

A emenda apresentada por Rivera, republicano pelo sul da Flórida, foi aprovada no final de julho em uma votação de 36 contra 6 na Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Representantes. Esta proposta é similar a outra defendida anteriormente pelo representante republicano Díaz-Balart, que foi agregada a uma lei de atribuições do Tesouro e certificada por um comitê da Câmara de Deputados em votação oral. Tanto a emenda de Rivera como a de Díaz-Balart restaurariam as drásticas proibições de viagens a Cuba que estavam vigentes durante a presidência de Bush, antes que Obama as "relaxasse" relativamente no início deste ano. mgt/jvj/es

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