quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Fidel Castro homenageado em Brasília

O líder histórico da Revolução Cubana foi  homenageado em várias cidades do mundo no dia 13 de agosto, data que completaria 91 anos; em Brasília o ato foi dia 14
Homenagem ocorreu no Teatro do Sindicato dos Bancários em Brasília - Foto: diplomacia cubana
Do Misiones

Com a presença de amigos de Cuba, diplomatas, profissionais da saúde, cubanos residentes no Brasil e funcionário da Embaixada de Cuba no Brasil, o Comandante em Chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro, foi homenageado no teatro do Sindicato dos Bancários, no último dia 14, em Brasília. 

Manifestaram-se durante o ato, Homero Saker - conselheiro da Embaixada Cubana em Brasília -, Fernando Mousinho - assessor da bancada do Partido Socialismo Brasileiro (PSB) na Câmara dos Deputados -, Hélio Doyle – jornalista do Núcleo de Estudos Cubanos (NESCUBA) da Universidade de Brasília -, Alexandre Conceição - da direção do Movimento dos Sem Terra (MST) -, Fernando Cerqueira Filho e Otávio Dutra - médicos brasileiros graduados em Cuba -, Erika Kokai - presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT) no Distrito Federal e Ana Prestes - representante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). 

Sem a presença física do comandante, os amigos da Revolução Cubana ressaltaram o legado de Fidel com agradecimento e carinho. Ao mesmo tempo não deixaram de declarar apoio à Revolução Bolivariana e repúdio às agressões imperialistas contra o país irmão. 

Durante a homenagem aconteceu um chamado à unidade dos povos e das lutas das causas justas.

Fernando Mousinho agradeceu os médicos cubanos pelo trabalho no Brasil e ressaltou as conquistas da revolução nas áreas da saúde e educação. 
Fidel completaria 91 anos em 13 de agosto - Foto: Nescuba
Sobre Fidel, Doyle disse que o comandante cumpriu sua promessa quando prometeu que os cinco heróis retornaria a Cuba. Ele também comentou sobre as centenas tentativas de assassinatos e ressaltou que Fidel morreu ao lado do povo cubano.

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Alexandre Conceição, destacou os ensinamentos de Cuba em temas como a reforma agrária, agroecologia, produção de alimentos saudáveis e meio ambiente. O ativista ainda reforçou, em sua fala, o internacionalismo e a solidariedade do povo cubano e afirmou que Fidel não é um nome é sim um povo. 

Por sua parte, os médicos brasileiros graduados na Escola Latino-americana de Medicina (ELAM) agradeceram ao comandante pela oportunidade de ser formar na ilha e fazer parte do exército de jalecos brancos.

Erika Kokai leu uma mensagem da presidência do Partido dos Trabalhadores e ressaltou que Fidel Castro está entre nós, em todos os movimentos sociais, que tem um pacto com a imortalidade. Ela ainda disse que é preciso lutar por igualdade e justiça.

Na sua intervenção, a comunista Prestes, destacou a obra humanitária de Fidel como a questão mais importante. Recordou os programas sociais da Revolução que tem grande êxito no mundo. 

O ato chegou ao ápice com apresentação de materiais audiovisuais de Fidel e com a intervenção do conselheiro Saker que apresentou um discurso do embaixador Rolando Gómez González. O mesmo afirmou que o legado mais importante do líder da Revolução foi a compreensão do conceito martiano de que as trincheiras das ideias valem mais do que as trincheiras das pedras. Ele fez o povo entender que a força da Revolução era seus princípios, seus valores éticos, sua unidade, sua consciência, como expressou no seu magistral conceito de Revolução, que deixou tanto para os revolucionários cubanos como também para humanidade.

Com aplausos e vivas em homenagens a Fidel, a plateia gritou em coro que os EUA não podem com Fidel e que “eu sou Fidel”.

Médicos brasileiros formados em Cuba falam do legado de Fidel Castro

Médico Otávio Dutra faz uso da palavra - Foto: diplomacia cubana
Leia a intervenção dos médicos Fernando E. Cerqueira Filho e Otávio Dutra na homenagem a Fidel Castro:

Em primeiro lugar gostaria de cumprimentar os presentes e agradecer em nome de todos os formados em Cuba pelo convite da Embaixada.

Falar de Fidel é algo que comove muito aos que estudaram na ELAM, a sensação de ser filho da Revolução cubana nos acompanhará por toda a vida.

Criada em 1999 para responder a desastres naturais que acontecia na América Central onde Cuba enviava médicos para ajuda humanitária, a ELAM mudou radicalmente o paradigma de se estudar medicina no mundo. Onde antes somente filhos de pessoas com condições poderiam estudar, hoje já se formaram mais de 20 mil médicos de 120 países diferentes, a grande maioria de origem humilde e sem condições de pagar os estudos nos seus países.

Um vez formados esses novos médicos, chamado por FIDEL de exército de jalecos branco voltam ao seus países de origem para trabalhar em suas comunidades, onde muito poucos poderiam ver um médico.

Já em suas comunidades estes médicos, pautados pela solidariedade devolvem a muitos o direito de serem atendidos com dignidade e respeito, mostrando que não somente o dinheiro compra a saúde.

Falar de Fidel é falar de uma ilha de aproximadamente 11 milhões de habitantes, subdesenvolvida, explorada por séculos, que alcançou avanços sociais que nem países desenvolvidos alcançaram, ou seja falar de uma mortalidade infantil de menos 5 mortos a cada 1000, ou do analfabetismo 0, ou de nenhuma criança ter que dormir na rua por falta de casa, ou de um jovem não poder se graduar no que deseja por falta de condições financeiras.

Falar de Fidel é falar de internacionalismo solidário, é ver a quantidade de médicos e outros profissionais prestando assistência em mais de 200 países no mundo, é sentir como os médicos cubanos do PROGRAMA MAIS MÉDICOS, mudaram a história da saúde no nosso país. Mais de 15 mil médicos, prestando assistência onde médicos brasileiros não queriam ir. Atendendo nossos pacientes com carinho, amor e respeito, sem reclamar das condições de trabalho ou do salário ganho para fazer tal trabalho.

Falar de Fidel é sentir que cada cubano leva em seu coração o legado mais importante deixado pelo comandante, a SOLIDARIEDADE. Quem já teve a oportunidade de estar com eles sabem dessa qualidade.

Falar de Fidel é falar de uma ilha condenada por escolher seu próprio destino, condenada por um bloqueio econômico instituído pelo país mais poderoso do mundo, e ainda sim não se ajoelhar ou se acovardar, enfrentando os desafios de uma sociedade moderna perto tão somente 100 milhas do inimigo que quer te engolir.

Companheiro Fidel Castro!

Companheiro Fidel Castro!

Companheiro Fidel Castro!

Agora e sempre!

Viva Fidel! – Viva Cubra Livre!

Viva a Escola Latino-americana de Medicina!

Tradução e adaptação: Sturt Silva/Blog Solidários.

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