sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Esportes individuais são principais promessas de medalha para Cuba no Rio-2016

Luis Simon, o Menon, criou blog exclusivo sobre o desenvolvimento esportivo cubano

Glenhis Hernández, taekwondoca cubana campeã mundial  
Por Vitor Sion no Opera Mundi

A menos de dois anos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, as principais promessas de medalha para Cuba surgem dos esportes individuais. Essa é a avaliação de Luis Simon, o Menon, que lançou neste mês um blog voltado exclusivamente para o esporte cubano.

“Como é tradicional na Olimpíada, o judô e o boxe cubanos terão grandes possibilidades de pódio. As deserções fizeram o país ter um momento de baixa nesses esportes em 2008, quando nenhum ouro foi conquistado, mas em 2012 já houve uma recuperação e agora eles vêm fortes novamente”, argumenta o jornalista.

No recente Mundial de Judô, ocorrido em agosto na Rússia, Cuba ficou em terceiro lugar, ao lado do Brasil e atrás apenas de França e Japão. A medalha de ouro conquistada pelo país foi da judoca Idalys Ortiz, que também foi campeã olímpica em 2012 e aparece como um dos principais nomes de Havana para 2016.

No boxe, por sua vez, Cuba segue sendo a maior potência olímpica, tendo obtido dois ouros e dois bronzes em Londres.

A melhor posição de Cuba na história dos Jogos Olímpicos ocorreu em 1992, quando o país de Fidel Castro ficou na quinta posição com 31 medalhas, sendo 14 de ouro. “É difícil voltar a esse patamar, até porque o embargo econômico à ilha gera dificuldades para compra de material esportivo e equipamento de treinos, por exemplo”, explica.

Esportes coletivos

Pela primeira vez nas últimas seis Olimpíadas, Cuba saiu de Londres em 2012 sem nenhuma medalha em esportes coletivos. Maior rival do Brasil no vôlei durante a década de 1990, o país tem atuado apenas com jovens jogadores. As deserções são o principal motivo para essa opção, segundo Simon.
“A população tem reclamado que o governo não faz acordo para que os jogadores de vôlei possam participar das competições. No feminino, por exemplo, a principal jogadora de Cuba hoje é Melissa Vargas, que tem 14 anos e 1,92m. É um fenômeno, mas não era pra jogar imediatamente como profissional.”

No masculino, a equipe cubana disputa neste domingo* (14/09) sua última partida na segunda fase no Mundial, já eliminada, contra a China. No domingo passado (07/09), o time foi batido pelo Brasil por 3 a 1, de virada. 

Sobre a iniciativa do blog “Cuba Querida”, Simon diz que sempre acompanhou as notícias sobre a ilha caribenha nos seus 30 anos de profissão e que seu objetivo é mostrar o desenvolvimento do esporte no país, tanto com críticas, como com elogios. 

* Matéria postada no site Opera Mundi no dia 14/09/14.

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