quarta-feira, 9 de abril de 2014

Que dissidência existe em Cuba?


Por Celino Cunha Vieira no site da Associação Portuguesa José Marti /Cubainformación

Ao longo de mais de 150 crónicas sobre Cuba que nos últimos 3 anos escrevi, sempre tentei evitar abordar o tema da dissidência interna, não porque ela não exista, mas sim porque entendo que sendo tão insignificante e de duvidosa seriedade, não lhe deveria dar importância nem publicidade.  Mas desta vez não me contive porque os factos só comprovam o que penso dessa gente sem escrúpulos que se vende por um punhado de dólares, renegando princípios, traindo a pátria e colaborando com aqueles que tanto mal têm feito aos seus concidadãos. 

Os auto-proclamados dissidentes cubanos recebem dinheiro oriundo dos impostos que os cidadãos norte-americanos pagam, fazendo disso uma forma de vida, até descobrirem que uns recebem mais que outros e aí lá se vai a “dissidência” com acusações mútuas e denúncias das vigarisses que praticam. Há quem receba para além da mesada, também equipamentos electrónicos como computadores, tabletes, plasmas, telefones celulares, etc., que deveriam ser distribuídos para aliciar outras pessoas para a sua “causa” mas que acabam por ser vendidos no mercado negro e assim amealharem mais uns dinheiritos. É esta gente sem moral e a que nem ao próprio dono que os alimenta são fiéis, que os media querem fazer passar por opositores, apressando-se a reproduzir todas as suas mentiras e invenções, de modo a desacreditar o legítimo governo cubano.

Existe até uma cubana (foto) que tem um blogue e que se licenciou gratuitamente em filologia hispânica à custa do seu país, que supostamente é perseguida pelas autoridades, mas que circula livremente por onde quer, até com visitas ao estrangeiro para participar em palestras organizadas para denegrir Cuba, recebendo avultadas quantias pelo seu abnegado “trabalho”.

Para já não falar de umas certas “damas” que se vestem de branco e que se não fosse a protecção policial já há muito tinham desaparecido, porque os cubanos que diariamente trabalham e lutam para garantir o seu sustento e dos seus familiares, não suportam esta gente oportunista e que é paga para exercer provocações.

Se há povo que é crítico, esse é sem dúvida o cubano, que não se resigna e que não perde a oportunidade de se manifestar quando entende que o deve fazer, mas fá-lo de maneira ordeira e nos locais próprios, sabendo que a democracia participativa assenta no povo e que é neste que está o verdadeiro poder. 

Há gente insatisfeita? Claro que sim e outra coisa não se poderia esperar, mas todos sabem o que a Revolução proporcionou, mesmo com alguns erros de percurso, mas também com enormes conquistas de carácter social que muito poucos países do mundo se podem orgulhar, tendo em vista os relatórios das mais prestigiadas e insuspeitas organizações internacionais que reconhecem o esforço que tem sido feito por uma nação que há mais de 50 anos sofre com um criminoso bloqueio comercial, económico e financeiro perpetrado pela maior potência bélica.

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