sexta-feira, 22 de julho de 2011

LIBERAR O PODER DAS MULHERES É APOSTAR NO DESENVOLVIMENTO

Por Dixie Edith
Fonte: MUJERES
Tradução: Blog Solidários

“Ao envolver mais ativamente mulheres e jovens, poderemos criar um futuro melhor para todas as gerações”, afirmou no último 11 de julho, Dia Mundial da População, o Diretor Executivo do UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas), em sua mensagem oficial pela data.

Neste ano em que a população do planeta somará 07 bilhões, essa organização das Nações Unidas busca promover a participação e a solidariedade, partindo da certeza de que poder viver em um planeta saudável dependerá das opções e das decisões que se tomem hoje.

Mas, segundo o UNFPA, qualquer opção ou decisão neste sentido deve passar por garantir que as mulheres possam exercer plenamente todos os direitos, em todas as partes do mundo.

“Promover a incorporação da mulher acelera o desenvolvimento”, menciona a principal mensagem do evento organizado pelo UNFPA, em Cuba, neste mês.


Não por escolha. Em muitos países, as mulheres seguem sendo discriminadas e sofrem frequentemente, múltiplas formas de violência. O emprego feminino, em tempos de cortes de vagas, geralmente é mais afetado que o do homem, além de serem elas as mais vulneráveis às reduções orçamentárias.


Aumentar os investimentos sociais e em matéria de saúde reprodutiva é um modo de proteger seus direitos, assegura o UNFPA.

Da mesma forma, como resultado da crise global, cada vez mais famílias engrossam as estatísticas de extrema pobreza e as mortes e enfermidades relacionadas com a gestação e o parto aumentam. Também aumentam as taxas de abandono escolar e a violência contra as meninas adolescentes e crianças.

Ao promover a igualdade de gênero e os direitos à saúde reprodutiva é possível ajudar os países a conseguir um desenvolvimento sustentável. Quando as mulheres desfrutam de boa saúde, estão educadas e podem participar plenamente da sociedade, desencadeiam o progresso em suas famílias, suas comunidades e seus países.

Em Cuba, sabemos bem disso. Desde 1968 se estabeleceu um programa nacional de atenção à mulher que incluiu a dispensarización das gestantes, a promoção do parto institucional e a criação de maternidades em zonas rurais e de difícil acesso, unido a uma melhor e maior preparação do pessoal de saúde, assim como a uma ampla cobertura de assistência médica e a prática dos partos em condições de absoluta segurança.

Junto ao trabalho do Ministério de Saúde Pública, e no marco dos programas de planificação familiar, incorporaram-se organizações e instituições cubanas, como a Federação de Mulheres Cubanas, que tem propiciado a participação social da mulher e dignificado seu papel na sociedade.

Hoje as cubanas superam os 62% da força técnica e profissional do país e superam os 66% das pessoas que ocupam cargos técnicos. Segundo dados da ONE, entre 1970 e 2008, o número de mulheres dirigentes cresceu 07 vezes e de técnicas, 06 vezes.

As mais jovens, por sua vez, são maioria no ensino pré-universitário e na educação superior.

Um desafio para o país é fazer com que essas jovens e meninas, beneficiadas com acesso à educação e à saúde sexual e reprodutiva, aproveitem esses direitos e os exerçam com responsabilidade em prol do desenvolvimento.

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